Abre Aspas


"
O poeta é um fingidor. Finge tão completamente, que chega a fingir que é dor, a dor que deveras sente." (Fernando Pessoa)

7 de setembro de 2010

Evoluir


Paixão platônica
Que me apoia
E faz ser mais divertido

Cada labuta

As horas passam...
Você ainda está aqui
Todos voaram

Eu passarinho
Mas sempre contigo

Entre todos os erros
Brigas
Mágoas esquecidas
Com um sorriso e um gesto

Os cabelos de Sansão cresceram
E eu subi as tranças
Alcancei a torre
Que poucos foram capazes de chegar

Somos espelho
Um do outro
Um pelo outro

Chatear

Só isso?
Me mostra mais
Me mostra mais

A ponta é pouco perto do que tem
Conta tudo
Aonde você vai?
Não saia sem me avisar

Na última vez
Trouxe problemas
Mostrou a incompetência
Sua
Aprenda a fazer
Já disse como deve ser

Me escuta
Me escuta
Me escuta

Corresponder


Também
Já vi esses planos
Sempre quis conhecer Zaratrusta
E me perder no Saara

O lado esquerdo
Me é confortável
Para dormir e sonhar
Com um mundo...

Bem que disseram
Que mais alguém
Era capaz de ver o cinza
Ele está no meio de nós

Quem sabe os astros ajudem
Conspiram para exterminar o mal
E vencer a luta cósmica
Juntos é mais fácil conseguir

Almejar

Olho
E penso como escapa as mãos
Perto
Sempre

Escorrega nos apertos
Na confissão
De vontades desmedidas

A libido
Concentrou
Se apertou no cerco
A sua volta

Quero pular muros
Ultrapassar
As fronteiras dos meus sonhos

Torna
Antes que entorne
E se perca a poção
A mágica faz parte do show

Dividir


Um pedaço
Do que se foi
Está perdido
Solto no espaço
Procurando alguém que encontre

Desejo para mim
A parte que é sua
Completa

Cobre o vazio

Preenche
E acaba
Com a constância de ecos
Inconscientes
Presentes

Partilha a alegria de ser mais
Mais que amigos
Companheiros, amantes

Você e eu
Nós