Abre Aspas


"
O poeta é um fingidor. Finge tão completamente, que chega a fingir que é dor, a dor que deveras sente." (Fernando Pessoa)

12 de setembro de 2010

Admirar

Olhe para cima
No topo da escada
É assim que me vê

O feitor
De todas as suas vontades reprimidas

Eu sei
Você quer ter coragem
Ir em frente
E chegar ao centro

Crie sua rota
Esse pedestal não me cabe
Cansa ficar parado desse jeito
Sou a porcelana escondida pelo ferro
É só uma máscara

Estamos na mesma altura
O nível é de desespero
A segurança ficou longe
E a corda bamba
É o único meio

Vá sem pressa
Com vontade
Determinação
E não perca o equilíbrio

Atrás

O que não se vê
Escondido
Pela ótica

Revelador
Está a espera
Para ser descoberto
Existe

Pode ser melhor
Tem medo?
Guie-se pela vontade
Não perca tempo
Vire

Descrever

Desse lado
Parece fino
Preto
Sem graça
Mal sei para que serve
Deve ser objeto de enfeite

Agora não sei mais
Ficou grande
Mais ainda preto
Uns buracos
Será que tem algo dentro?

Este é parecido com o outro
Com alguns arranhões
Caiu certamente

Finalmente
Clareou
E posso ver sua utilidade

Mostra o mundo
E o que quiser
Sem limites
Viaje a vontade