Abre Aspas


"
O poeta é um fingidor. Finge tão completamente, que chega a fingir que é dor, a dor que deveras sente." (Fernando Pessoa)

5 de abril de 2010

Conformidade

A vida nos trouxe até aqui
Tudo o que podemos fazer
É seguir, seguir, seguir

Sem perder o rumo
Sem pressa
Seguir, seguir

Tantos desencontros
Tantos entretantos
E tudo foi ficando
Tão complicado

A gente briga
Se entende
Tudo fica bem
E quando menos se espera
A gente briga de novo

Cansado?
Eu também
Tudo o que queria
Era uma vida tranqüila
Como um comercial de margarina
Onde um simples objeto
Me faz ver La vie en rose

Não é assim
Nunca foi
E talvez nunca será
Mas não podemos esperar
Tudo o que podemos fazer
É seguir, seguir, seguir

Ajudar


Enquanto ela estava parada
E a vida passando diante dela,
Muita coisa mudou.
O muro caiu,
A pirâmide se inverteu.

A partir desse momento
Ele começou a mudar,
Mudou tudo que poderia fazer mal a ela
Sumiu com o cinza do céu
E pintou um sol e um arco íris

Fez com que ela acreditasse
Que o mundo que antes estava somente na imaginação
Havia virado realidade

Ela sorriu,
Ele viu que na verdade
Pouco tempo restaria

Ela soube, ele não!
Tudo continuou perfeito
Ele mudou o mundo por ela,
E isso bastou!