Abre Aspas


"
O poeta é um fingidor. Finge tão completamente, que chega a fingir que é dor, a dor que deveras sente." (Fernando Pessoa)

11 de maio de 2010

Lutar


Espero chegar em um lugar
Onde possa encontrar o abrigo
Que sempre busquei

Para mostrar a todos
Que nunca se pode confiar
Em lugar algum

O chão desaba
E uma hora a enchente leva
Tudo o que foi construído

Renovação é a palavra
Correr atrás sempre
Atrás do nada
Para conseguir tudo

Seguir em busca do Santo Graal
Ou enlouquecer
Vendo elefantes com listras
Encontrar o rumo
E desviar sempre que necessário

O que se espera
Não se alcança...

Surreal


É bom querer encontrar algo
Em que se possa se apegar
Um estepe
                                 
Imaginar que algo vai mudar nossa vida
Nos fazer entender o mundo de uma outra forma
Criar o perfeito
Vendo a realidade
Uma pretensão de felicidade
Fake daquilo que realmente é

Visão seletiva
Que vê só o que nos faz sentir bem
O universo platônico que enxerga
O oasis no deserto
Viajar e sentir nos espinhos
O prazer da dor voluntária
Que é sedada pelo veludo estampado na nossa mente
E em nenhum outro lugar