Abre Aspas


"
O poeta é um fingidor. Finge tão completamente, que chega a fingir que é dor, a dor que deveras sente." (Fernando Pessoa)

23 de junho de 2011

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Para!
Eu não aguento mais
Ficar preso
Eu não quero

Eu quero andar
Me deixa ir livre
Pro meu destino
Não vou ficar aqui pra sempre

Eles me esperam
Eu tenho que ir
Tenho
Tenho

19 de junho de 2011

Indiferença

Quem você pensa que é?
Dizer que não se importa
Me jogar na lata
E cuspir em cima

Nós construímos um mundo
Você destruiu os sonhos
Hiroshima
Paguei o preço de morrer
Pela sua vontade

Vá e tente se livrar do peso
De ter estragado um futuro
Eu te culpo
Por não cuidar
Não querer saber
Não querer

17 de junho de 2011

Comprar

Chega mais perto
Vamos negociar
Te dou dois a mais
Se você disser que eu posso

Eu posso
Agora você está sob o meu poder
É meu, é meu, é meu

Esse é o meu pecado
Eu quero sempre mais
Me prendo ao desejo
Te prendo a mim
A minha vontade
Ao meu dispor
Pra servir, cortar, rasgar
É meu