Abre Aspas


"
O poeta é um fingidor. Finge tão completamente, que chega a fingir que é dor, a dor que deveras sente." (Fernando Pessoa)

28 de junho de 2012

Depois


Vamos começar
Mais um espetáculo esta noite
O drama é pesado

Mas o cotidiano o transformou
Fez comedia
Livrou o peso dos ombros
Os pés andaram
Seguiram seu caminho

Os olhos criaram proteção
Blindados contra tudo que vêem
Ou não

A pele já aprendeu
Esconde as marcas

Só resta prosseguir
O ápice
Acontece a cada dia

Se enrola
Se resolve
E cria outro

Vai criando

Ate não poder mais

Esqueceu que tem um fim
Aproveita o meio
E pensa no inicio
Quando ainda vivia na bolha

Onde tudo era magia

Segue
Deixa de ser gauche
E vai ser rei