Abre Aspas


"
O poeta é um fingidor. Finge tão completamente, que chega a fingir que é dor, a dor que deveras sente." (Fernando Pessoa)

27 de abril de 2011

Esquecer


No fim, eu só serei mais um
Alguém que viveu num período primitivo
Como seremos atrasados
Perdidos no século
21
É o resta quando se vai
É o que se leva

A lápide vai virar uma transcrição
De um povo distante
Uma língua extinta

Talvez com sorte
Se lembrem da minha voz

Dizer algo
Pode salvar a minha morte do esquecimento
Mesmo no suspiro final...

O último pedido
Ainda é meu