Abre Aspas


"
O poeta é um fingidor. Finge tão completamente, que chega a fingir que é dor, a dor que deveras sente." (Fernando Pessoa)

7 de abril de 2010

Circo


No meio dessa confusão
Tanta gente querendo ver
O que vai acontecer

Tudo parece perdido
Mas hoje ficar parado
É só mais uma maneira de agir

O passado não volta mais
O futuro não começou
E o presente não recebi
Esqueceram de entregar

Fui obrigado a ser quem não era
Talvez por medo
Medo de saber que o real
Não é do jeito que eu gostaria

Me sinto um palhaço
De aço, no espaço, relapso
Reflexo constante do nada

Por trás de uma máscara...

Perdido

Sem meio
Sem fim
Sem início

Sem lugar.