Abre Aspas


"
O poeta é um fingidor. Finge tão completamente, que chega a fingir que é dor, a dor que deveras sente." (Fernando Pessoa)

26 de setembro de 2010

Salvar

Ainda há tempo
Me tire dessa lama
E me faça ver a luz do sol

A Kryptonita suga
Cada vez mais minha força

Os dias de glória
Ainda podem voltar
Preciso de você
Senão perco

Vire escada
Seja o degrau para o além
Além daqui
Depois de todas as pedras
O que pode haver?

Deixe que eu descubra
Me ajude

Parar

Chega!
Cansei dessa batida
Fale para o DJ
Enjoou

Martela
Como prego vai entrando

Mude de ritmo
Ou desista de tentar
Não consegue me agradar
Penso somente no que perco
Estando aqui

Essa música é ultrapassada
E você dos limites passou

Largue a criancice
Vá ciscar em outra freguesia
Mas me deixe em paz
Essa ladainha eu já sei de cor

Desligue esse som

Relembrar

Como éramos...
Novos
Mal sabíamos o que esperava

Tudo começou
Quando você foi de penetra
Na minha festa
E conversou comigo

Disse que tinha errado o lugar
E perdido a vontade de ir
Depois de me ver

Ironia
Ou destino
Tive que ir
Sem querer

Guardo comigo
Os momentos eternizados
Filtrados
Prefiro estar próximo ao belo

As lágrimas secaram
O ciclo seguiu
Agora é outra fase

Pensar

Veja por onde passou
O quanto cada passo foi importante
Um erro
Poderia ser fatal
E mudar toda a jornada

Se está ruim
Melhor pode ficar
E como não há volta
Analise

Os ensaios foram cancelados
E a peça começou

Um ato atrás do outro
Sem volta
Improvise
Diga a Hamlet
Que a dúvida do ser
É o que move o moinho