Abre Aspas


"
O poeta é um fingidor. Finge tão completamente, que chega a fingir que é dor, a dor que deveras sente." (Fernando Pessoa)

30 de agosto de 2010

Comer


Morder
Triturar
Digerir
Cada centímetro

Absorvido
Para manter
Em pé

Fumar

Sugar essa neblina
Fabricada
Para consumir
Meu corpo

O prazer
De esquecer o cruel

Fantasma
Que assombra
Todos os dias

A válvula
Que escapa
A fumaça
Acalma
Calma...

Beber


Está seca

Aliviar
A angústia
A falta

Molhar
Para satisfazer
O fisio
Vontade lógica

Sem explicação
Nem precedentes
Aparece quando quer
E incomoda

29 de agosto de 2010

Enobrecer


Privilegie
O nosso meio
High
Sinta-se lisonjeado

Está aqui
Fez por merecer
Agiu como devia
Chegou a recompensa

Abriu mão de você
Por outros
Nós
Estamos gratos

Vista o que o reinado oferece
Faça bom uso

Política


O meu projeto
É inútil
Sem ajudas

O seu apoio
Fundamental
Ganhar
Para conseguir realizar

O que exige?

Menos
Assim as mãos abanam

Talvez
Metade
Ceda
Eu fiz minha parte

Ceda
Trabalhoso
Mas é confortável
Para ambos

Via dupla
Evite atropelamentos

Prevaricar


Mais atrás
Onde não há luz
A justiça
Esqueceu esse território
Ninguém é dono

Vamos em busca do baldio
Lá podemos fazer
Explorar

O vigia se distraiu

Satisfaça o proibido
Me deixe livre
De princípios
Sem fim

Inteiro
Como sempre quis

Aviso!

O Blog "Sensações de um mundo só Meu" está prestes a terminar. Mande verbos como sugestões, o seu verbo pode virar poema.

Creitú

Brincar


O que tem?
Rir
Fazer graça

Sair quando bem entender
Guardar os hominhos
Dizer que não quer mais
Cansei

Ir para casa
Distrair
Esquecer o que ficou

Até nascer a vontade

Sem problemas
Almejo o gozo

Ciclo


O sol nasce
Orvalho seca
Acorda
Hora de trabalhar

À pino
A fome chega
O cochilo
Voltar

Pesado
Obrigado
Ainda não acabei

Olhe
Estrelas
Começam a aparecer
Minha casa espera

Descansar
Rir
Até que...
Cama

Carregar a bateria
O sol nasce...

Animar


Sou a fruta
Mordida
Que sacia

Alimenta
Sustenta o espírito

Capaz de dar força

A energia
Acende
Move o motor
Acorda
E continua

Aproveite o máximo
Se nutra
Encha

Compartilhar


Estou muito triste
Preciso te contar
Dividir esse mal que me aflige

Isso tudo me deixou confuso
Perdido
Não quero errar
E magoar ninguém

Me dê uma luz
Um conforto
Mostre que está comigo

Tire esse peso
E façamos uma cruz de isopor

A dor é minha
O colo é seu

Obrigado
Por me acariciar
Enquanto choro

As lágrimas vão se secar
Ao amanhecer

Agora fique aqui
Assim me sinto melhor

Frustrar

Podia ter esperado mais
Essa era a única vez
Que eu saí da toca
E já me acertou

Aumentou o traumatismo

O sangue jorra
Litros
Pelo chão

Estou internado
Esperando
Até que os aparelhos
Possam ser desligados

Enquanto isso
Vejo o tempo passar
E guardo a minha rede

Ir para alto mar
Pode ser mortal

26 de agosto de 2010

Prender


Onde está a aliança?
Eu quero me divertir
Sair
Prometi minha companhia

Momentos de prazer
Compartilhados
Vividos
Sem depois
Cobranças
Não estão no contrato

Sou do mundo
Me abasteço
Com novidades
Sensações

Esqueça as correntes
Prender
Só a mim mesmo

Formalidades
São passado
Por osmose

Quero a vontade latente
E o vento que me leva
Egoísmo consciente
Incipiente
Na revolta com o pronto

Desenharei o meu futuro
A mão e mente
Livre
Me

Indicar

Aponte o dedo
Mas saiba das implicações
Não o solte em um devaneio
Ele pode se sujar

Oportunidade
Única
Perder é fingir que desconhece seu valor
Estupidezes a parte
Você sabe o que é melhor

Assuma
E cause o tsunami
É o jeito que existe
Para destruir conceitos
Que perderam sentido

Exiba o indicador
Mostre a multidão o caminho a seguir

Chance


Foi besteira
Uma sentença sem motivo
Gratuita
Cobrada sem dó nem piedade

Quero corrigir
Admito que foi demais
Mas mereço o bis sincero

Penso na vontade
E na sintonia que existe
Não permita que um compasso
Acabe com o musical

Nessa peça sem ensaios
Erro
É perder o bonde

24 de agosto de 2010

Está cansado de me ver falando bobeiras nesse Blog? Vote em mim!

23 de agosto de 2010

Mentir


Quer saber?
Existe um lugar
Onde não importa
O que acontece

O real
Pode te ferir
Mostra que é diferente
Do que imagina

Me poupe
Do trabalho de lidar
Com a sua reprovação
E a sua mágoa

A mágica torna tudo mais fácil
Desaparece com os problemas
Vou tirar o coelho da cartola

Alakazan

Transparente


Por trás
Está tudo o que é
Medos
Traumas
Alegrias

Eu vejo tudo

A inocência
Dialoga
Com a sinceridade dos seus atos

Esqueceu a mascara em casa
E o rosto
Encanta pela pureza
Beleza que não se vê sempre

Preserve o que está intacto
Seja vidro

Paralisar

É triste
Complicado...

As opções
Não há como evitar perda
Mas ficar parado
Só piora

Você sabe o que é possível
Eu nunca passei por isso

Queria poder ajudar
Mas...

Pense
Essa é uma decisão sua
Simplesmente
Não sei o que dizer

Implorar


Me proíba
Faça com que eu queira cada vez mais
E esqueça as minhas vontades
Me anule

Mostre o quanto você é bom
E eu não sou nada
Exercite a minha submissão

Pise em mim
Chute o meu traseiro
E me jogue na sarjeta
Quero o desencontro

Imaginar que um dia isso mude

Fira o meu ego
Me irrite

Não entregue esse jogo
E deixe ter vontade de descobrir
Porque me rejeita

Vou rastejar
E clamar por atenção

Me dê a lama
E o resto da lavagem...
Basta!

Coragem


É grande
Parece que me encolhe
E bloqueia

Ficar no meio do caminho
Não é opção
Eu preciso seguir
Acabar com a angústia
A frustração do platônico inalcançável

Vou quebrar essa parede
E se o muro continuar de pé
Escalo

Eu posso
E chegarei

Confiar


Venha
Sem medo
Existe uma ponte
Passe por ela

Pode balançar um pouco
Mas eu não deixarei cair

Acredite
É seguro
Saia de perto do abismo
É sem fim

O mal será muito maior
Se poupe dos machucados
Demora a cicatrizar

Siga
Não olhe para os lados
Nem para baixo

Veja o que te espera no fim
E continue

22 de agosto de 2010

Limpar


Deixe ver como é
Vou pegar um pano
Está embaçado
Empoeirado

Quero levar para a casa
E cuidar

Aqui você não está bem

Vou te dar um lugar seu
Fazer ficar brilhante novamente
E dar o real valor

Já foi muito maltratado
Mas ainda há tempo de salvar
As bases são sólidas
Não se desgastaram

Dê-me a chance
De consertar o que fizeram com você

Nascer


Faça força
Está vindo
Trazendo um novo sentido

Sem expectativas
Não sabe o que virá a ser
Descubra o seu existir
E a cada dia
Deixe com que ele cresça

Mostre os limites
Ele vai saber o que fazer
Senão
Ajude a se acalmar

Jogue fora as algemas
E segure na sua mão
Para aprender a andar
Ele precisa de apoio

Renascer


Sumiu
O vento levou
Agora é primavera

Vamos aproveitar
As flores estão mais coloridas

Siga o som do rouxinol
Ele leva para as alturas
Traz boas lembranças

O voar
Liberto
Sem medo

Manobras
Que antes não se viam

Hora de reproduzir

Encontre o gineceu
Seu
Fecunde
E traga frutos

Eles vão alimentar
Muitos e muitos
Por muito tempo

Cuide do jardim
Nunca é tarde para retirar o que atrapalha a crescer

Dançar



Cale-se
Nosso corpo já fala por nós

Vamos dançar essa melodia
Que é sensível aos nossos ouvidos
Essa é a chance

Faça

Não perca tempo
Palavras
Podem diminuir
Olhe o que acontece

Veja a sintonia sendo criada

É um quadro de impressões
Expressões

Siga
O caminho você conhece

Instinto
Grite
Aja
Possua

Ligação direta
Sem segredos