Abre Aspas


"
O poeta é um fingidor. Finge tão completamente, que chega a fingir que é dor, a dor que deveras sente." (Fernando Pessoa)

23 de agosto de 2010

Mentir


Quer saber?
Existe um lugar
Onde não importa
O que acontece

O real
Pode te ferir
Mostra que é diferente
Do que imagina

Me poupe
Do trabalho de lidar
Com a sua reprovação
E a sua mágoa

A mágica torna tudo mais fácil
Desaparece com os problemas
Vou tirar o coelho da cartola

Alakazan

Transparente


Por trás
Está tudo o que é
Medos
Traumas
Alegrias

Eu vejo tudo

A inocência
Dialoga
Com a sinceridade dos seus atos

Esqueceu a mascara em casa
E o rosto
Encanta pela pureza
Beleza que não se vê sempre

Preserve o que está intacto
Seja vidro

Paralisar

É triste
Complicado...

As opções
Não há como evitar perda
Mas ficar parado
Só piora

Você sabe o que é possível
Eu nunca passei por isso

Queria poder ajudar
Mas...

Pense
Essa é uma decisão sua
Simplesmente
Não sei o que dizer

Implorar


Me proíba
Faça com que eu queira cada vez mais
E esqueça as minhas vontades
Me anule

Mostre o quanto você é bom
E eu não sou nada
Exercite a minha submissão

Pise em mim
Chute o meu traseiro
E me jogue na sarjeta
Quero o desencontro

Imaginar que um dia isso mude

Fira o meu ego
Me irrite

Não entregue esse jogo
E deixe ter vontade de descobrir
Porque me rejeita

Vou rastejar
E clamar por atenção

Me dê a lama
E o resto da lavagem...
Basta!

Coragem


É grande
Parece que me encolhe
E bloqueia

Ficar no meio do caminho
Não é opção
Eu preciso seguir
Acabar com a angústia
A frustração do platônico inalcançável

Vou quebrar essa parede
E se o muro continuar de pé
Escalo

Eu posso
E chegarei

Confiar


Venha
Sem medo
Existe uma ponte
Passe por ela

Pode balançar um pouco
Mas eu não deixarei cair

Acredite
É seguro
Saia de perto do abismo
É sem fim

O mal será muito maior
Se poupe dos machucados
Demora a cicatrizar

Siga
Não olhe para os lados
Nem para baixo

Veja o que te espera no fim
E continue